terça-feira, 27 de outubro de 2015

Relato de Amamentação da Bárbara Puel

Amamentar para mim hoje é um sonho realizado. Eu procurei a Carol já na gestação por indicação da Cris doula, mas foi naqueles primeiros dias de puerpério que ela foi essencial. Na minha família pouquíssimas mulheres conseguiram amamentar, minha mãe não amamentou nenhum dos 3 filhos, porque não teve ajuda e não conseguiu sozinha, mas sempre me incentivou. Sempre achei que amamentar era muito difícil, que seria mais fácil um parto normal do que amamentar pois o parto dura pouco tempo se comparado com a amamentação, e hj acredito que estava certa. O meu sonho era conseguir os dois, parto normal e amamentar, mas, por enquanto consegui só um! Não tem nada mais maravilhoso do que ver um filho crescendo apenas com o meu leite!! Meu bebê sempre mamou muito, ganhou peso super bem apenas mamando exclusivamente nos 6 primeiros meses e livre demanda, sempre acima da curva como dizia o pediatra, o que me deixava muito orgulhosa!!! Até fiquei um pouco deprimida quando iniciei a IA do Rafa, pois ele comeu tão bem logo de cara que diminuiu bastante as mamadas, mamando praticamente só durante a noite agora. Mas não foi essa alegria toda no começo, foi muito difícil, e apenas com a ajuda da Carol consegui esta vitória!

Logo que nasceu o Rafa foi classificado como um bebê GIG (grande para a idade gestacional), e já na sala de recuperação, enquanto eu me recuperava de uma cesariana necessária (foram 19hs de bolsa rota, 12hs de trabalho de parto, 2hs de expulsivo mas não consegui o parto normal) deram glicose para ele receitada pelo pediatra de plantão pois tinham feito exame e a glicose dele estava baixa. E nos 2 dias que eu permaneci na maternidade era aquele perrengue, vieram várias vezes fazer o exame de glicose e começaram a dar complemento na seringa para ele. Somente no quarto é que coloquei ele em contato com o meu peito (na sala de cirurgia e na recuperação ele só ficou deitado comigo) e ele de cara pegou o meu peito super bem, sugava bastante, fiquei muito feliz. Mas nas primeiras 24hs é aquela calmaria, ele só dormiu praticamente, depois é que fomos ver que ele tinha bastante fome. No dia seguinte a Carol que já estava em contato comigo pelo whatsapp veio nos visitar na maternidade, fez toda a avaliação no bebê e na minha mama e nos orientou. Comentei com ela do complemento que estavam dando na seringa mas ela disse que era padrão da maternidade, e que logo meu leite desceria e não seria mais necessário. Porém no segundo dia, ainda não havia descido, ele pegava bem no peito, mas as enfermeiras continuavam dando o complemento na seringa. Antes de sair da maternidade a pediatra veio falar comigo, que meu bebê era grande e tinha fome, e que era pra eu ir pra casa e continuar dando o peito para ele e também o complemento na seringa enquanto o meu leite não descesse. Eu então que já tinha ouvido falar do mamatutti¹ resolvi tentar desta forma, pois pelo menos assim ele mamava no peito, fora que dar na seringa era meio chato, não tínhamos pegado o jeito. Meu marido saiu pra comprar e na primeira tentativa deu certo, assim fomos para casa. Depois de 4 dias meu leite não tinha descido ainda, só no colostro, e o rafa continuava no complemento no mamatutti, eu já dava uns 30ml de 2 em 2 hs, e parecia que ele sempre estava com fome! Chamamos a Carol e naquele dia ela viu que meu leite já tinha descido, mas que era muito pouco, além disso também diagnosticou uma pequena disfunção na pega do Rafa. Então, partimos pro ataque, pra tentar ajustar as coisas. Orientada pela Carol e pelo meu obstetra eu comecei com uma medicação pra aumentar a produção do leite, além de homeopatias indicadas pelo pediatra, massagens na mama, compressas quente, bombinha para ordenhar, e exercícios com o Rafa, com o complemento no copinho, tudo isso junto. Além disso, trocamos o mamatutti por uma sonda especial que a Carol nos emprestou da medella², que era mais fina, o que fazia o Rafa ter mais trabalho para sugar e ficar mais tempo na mama. 
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Exibindo IMG_0437.JPGConfesso que foi muito difícil o que passei, somando as dores da cesárea, o cansaço dos primeiros dias, o período de adaptação, todo esse trabalho para amamentar, realmente foi exaustivo. Várias vezes me questionei se eu teria leite suficiente para saciar meu bebê. Em 24hs a produção já aumentou, mas a demanda do Rafa também. Em uma semana eu já estava dando 60ml de complemento, parecia que eu nunca ia conseguir aumentar a produção o suficiente para suprir a necessidade dele. Com uns 10 dias nós já estávamos dando o complemento na sonda mais fina, e ele já ficava bem mais tempo no peito (com o mamatutti ele ficava uns 10 minutos no peito depois passamos para mamadas de quase 1 hora). 
Aí nesse dia comecei a sentir umas fisgadas e dores no bico do peito, além de um vermelhão, falei com a Carol e ela diagnosticou sapinho no meu seio. Apesar do tratamento, tive isso pelos 3 primeiros meses praticamente, como era leve, os médicos só me deram pomada para passar, e eu andava de peito de fora em casa o dia todo. Bom, com uns 15 dias, eu continuava a dar entre 30 e 60ml de complemento para o Rafa por mamada. Eu estava extremamente triste e cansada, era um saco preparar o complemento colocar a sonda na boca de um bebê faminto junto com o seio e depois esterilizar tudo, era praticamente o trabalho de ter que fazer uma mamadeira com a frustração de não conseguir amamentar por completo. Eu já me questionava se não era hora de desistir e dar mamadeira de vez. Aí falei com a Carol e ela disse, tens que te livrar desse complemento, pra isso deves ordenhar leite entre as mamadas e estocar para usar o teu leite como complemento. Eu juro quase fiquei louca, passei dois dias sem dormir. O Rafa mamava com 1,5hs a 2hs de intervalo, ficava uma hora ou mais mamando, depois disso eu pegava a bombinha e tirava leite, no começo ficava 40 min com a bomba para tirar 15ml, eu dormia sentada com a bombinha no peito. Aí usava esse leite de complemento na próxima mamada e fazia mais um pouco de NAM, era uma loucura!!! Mas em dois dias vi resultado, comecei a tirar 60ml em 15 minutos, aí parei com tudo, disse pro Rafa, agora é só eu e vc, chega de sonda e de complemento, foram mais uns dias para nos adaptarmos, pois sem a sonda o leite saia mais devagar para ele, e claro ele reclamou um pouco, mas acostumou. Uma coisa que a Carol me disse lembro bem, os bebês nessa idade se adaptam e aprendem muito rápido, e o nosso corpo também. Foram 3 semanas de complemento, meu filho tomou uma lata de NAM exatamente, a segunda comprei mas não cheguei a abrir. Depois disso vivemos felizes para sempre.... Na verdade não foi bem assim. Com uns 2 meses, depois da amamentação já estabelecida, ele começou com uma fase de querer mamar o dia todo, provavelmente um pico de desenvolvimento, e num bebê que sempre mamou muito, foi bem difícil, eu realmente estava exausta, não conseguia fazer nada pra mim. É complicado, novamente a Carol me deu muita força e também as mães dos grupos de apoio na internet que já haviam passado por isso, todas falavam que era uma fase e que iria passar, na hora é difícil acreditar, mas realmente passa, e hj sinto saudades de ter ele grudado em mim o tempo todo. 
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Abrindo um parênteses:
Desde os primeiros dias em casa, por conta de toda a demanda dele, eu comecei a amamentar na cama deitada pra conseguir um pouco de sono, e até hj com 8 meses faço cama compartilhada. O Rafa já passou por fases boas de acordar apenas 2 vezes na noite, e nessas eu consegui colocar ele no berço, mas agora já faz um bom tempo ele acorda várias vezes a noite para mamar, 3, 4, 5 vezes e além disso se habituou a pegar no sono e dormir comigo. Eu já fui muito julgada por isso, e realmente eu preferiria que ele dormisse no berço sozinho, mas levantar da cama tantas vezes a noite é impossível pra mim, ainda mais trabalhando de dia como estou agora, portanto resolvi aceitar que ele é assim, que talvez tenha sido sim eu que o acostumei mal, mas desde cedo ele foi um bebê que demandou muito peito, e eu dei sempre que ele quis, e continuo dando. Hj acredito que algum dia ele não vai mais querer mamar a noite, assim como ele não quer mais mamar de dia, e vou poder voltar a ter uma noite de sono mais tranquila. Porém, até esse dia chegar aproveito para ficar com ele grudadinha a noite na nossa cama pois de dia ele já não me quer mais, e não tenho pressa que esse dia chegue pois sei que vou sentir muitas saudades. Para as pessoas que insistem em me julgar acredito que cada um cria o seu filho como acha melhor, e eu crio o meu com muito peito e muito amor! Sim, isso me deixa muito cansada, mas muito grata pelo vínculo afetivo que tenho com ele!

Hoje tenho certeza que informação de qualidade e o apoio de um profissional como a Carol são essenciais para amamentar. Pode ser que para algumas mulheres a amamentação seja natural, mas não foi o meu caso, e o apoio dela e da minha família é que me ajudou a conseguir amamentar meu filho. 

Bárbara Puel. 26/05/2015.



Bárbara, você se mostrou uma guerreira, super focada e muito empoderada! Foi uma honra acompanhar essa história linda de persistência e força tendo aquele gostinho de missão cumprida! Agradeço pela confiança e pelo depoimento com muito carinho!
Um abraço bem forte nessa família linda!

¹Mamatutti é uma sonda que é inserida no peito e outra extremidade em frasco de leite
²Medela, o Supplemental Nursing System é um sistema de nutrição complementar semelhante ao citado acima.
³Sapinho é a forma popular para candidíase

terça-feira, 31 de março de 2015

Depoimento de Amamentação da Daniele, mãe da Laura

A Daniele conta como a ajuda especializada nos primeiros dias de vida são essenciais para prevenir dificuldades e complicações, com toques singelos. Para inspirar as futuras mulheres a procurarem um banco de leite ou uma consultoria em amamentação na sua cidade. Parabéns Dani, sua família é maravilhosa!


Meu primeiro contato com o trabalho da Carol começou antes de engravidar, como eu devorava o site da Cris Doula, descobri o trabalho dela lá. Me lembro de pensar assim: que bom, menos uma coisa para me preocupar, pois posso chamá-la e ela me ajuda!
Quando comecei a participar do grupo de mães que a Carol faz parte fui cada vez mais tendo confiança nela. Quando já estava no fim da gestação mandei uma mensagem pra ela e ela me disse que quando o parto acabasse que eu ligasse pra ela que ela iria me ver.
A Laura nasceu 22/10/2014, e uma das primeiras pessoas a saber foi a Carol. Ela não tinha disponibilidade de ir naquele dia me ver, mas me deu todas as coordenadas por telefone, com muita paciência e disponibilidade. E eu segui a risca as dicas, apesar das enfermeiras da maternidade tentarem que eu fizesse de outro modo, eu resistia e me mantinha firme. Como não recebi muitas visitas na maternidade não ouvi muitos palpites, mas os poucos que foram me ver achavam estranho! (rs)
No outro dia ela esteve na maternidade e fez um atendimento longo e explicativo. Fez vários testes com a Laura, avaliou meu peito, a pega da Laura, a maneira como eu estava fazendo... Fez melhorias, sugeriu coisas, mudou outras...

Depois dessa visita ela ainda me entendeu via whats, depois foi na minha casa, ensinou a massagear, a ordenhar, outras posições p amamentação, etc.
Ela se mostrou disponível mesmo a distância. Foi Essencial pra minha segurança na amamentação e pra não duvidar de que tudo que minha filha precisava estava ali.
Hoje quando falamos (eu e o marido) sobre o nascimento e desenvolvimento da nossa filha, e as pessoas perguntam como conseguimos, sempre comentamos dos 3 profissionais que foram a nossa base para o sucesso, que são nosso obstetra, nossa doula e a Carol!
As pessoas perguntam sobre custos, e sobre isso tenho duas ponderações:
Primeiro é que a experiência satisfatória não tem preço!
Segundo que no caso específico da Carol, o custo é infinitamente menor que o custo que teria sem ela, leite artificial, dor, medicamento...

Para as gravidinhas de plantão eu diria: chamem a Carol, mas não espere a coisa ficar feia, ninguém (não que eu conheça) nasceu sabendo o jeito certo de amamentar, então chame antes de dar errado.
E tampe os ouvidos pros pitacos. Ajuda especializada é sempre melhor que palpites!

Agora uma frase que antes da Laura nascer não fazia muito sentido e hoje eu adoro dizer: boa sorte e MUITO LEITINHO pra vcs!

Pra Carol minha gratidão! E dizer que agradeço a cada dobrinha que vejo aparecer na minha gordinha e a cada consulta com a pediatra elogiando o ganho de peso!
Obrigada e um beijo no seu coração!


Daniele, mãe da Laura


Depoimento de amamentação da Gabriela, mãe do Pietro

O Pietro, primeiro filho da Gabriela, nasceu com uma leve disfunção oral e por isso, não conseguia mamar no peito. Mas com paciência, persistência e empoderamento a simbiose mãe e filho foi estabelecida. Atualmente Pietro com mais de um ano, aguarda o irmãozinho nascer e possivelmente vai haver uma linda amamentação em tandem! Gratidão Gabi, pela confiança, mas o empoderamento é todo seu, parabéns e um abraço apertado da Amiga Materna...


Eu sempre digo que Deus coloca anjos visíveis e invisíveis para da gente.
E foi o que aconteceu comigo no nascimento do Pietro.
Sempre achei que amamentação fosse a figura que é pintada pela mídia. O bebê nasce, já vai para o peito, o leite já sai jorrando e o bebê pega de forma super fácil…Eu tinha uma imagem de uma amamentação perfeita.
Mas não foi assim que aconteceu comigo, demorou um pouco para ser perfeito como foi!
O Pietro nasceu e foi para o meu peito na mesma hora, mas não sugou. Pode ser que o meu bico fosse muito pequeno, o que pode ter dificultado a pega, mas ele não quiz saber de nada. Dormimos tranquilos, até porque ele tinha bastante reservas ainda e não precisaria mamar tão cedo.
Minha esperança era que no dia seguinte ele acordasse com uma imensa vontade de mamar, mas não foi bem assim. Inclusive nem meu colostro tinha descido ainda. A enfermeira da maternidade tentava colocar ele no meu peito de todas as formas, mas isso só irritava ele mais ainda, não estava me sentindo confortável em forçar isso, pois ele só gritava e chorava toda vez que tentávamos.
A noite, a enfermeira sugeriu que comprássemos um bico de silicone para que ele pelo menos estimulasse um pouco, pois nada no colostro ainda.
Ajudou um pouco, pois ele começou a mamar, mas não direto no peito.
Não estava feliz com a situação, então foi aí que a minha doula me falou para ligar para a Carol, porque ela sem dúvidas iria me ajudar.
Fui para casa, meu colostro começou a descer bem lentamente, mas ele só mamava com o bico de silicone por cima do meu seio. Chorei, fiquei me questionando se eu conseguiria alimentar o meu filho, me senti uma péssima mãe, mas pedi muito a Deus que me ajudasse a não desistir.
No outro dia acordei com o seio explodindo e doendo de taaaaanto leite que havia descido. Mas começou a ficar mais difícil com o bico de silicone, pois com tanto leite ficava deslisando…
Foi aí que a Carol chegou aqui em casa! Trouxe uma bombinha, o que aliviu muuuuito a minha dor e evitou que todo leite empedrasse e me ensinou vários exercícios e diferentes posições para amamentar. Tive que alimentar ele por sondinha e copinho, o que não foi nada fácil, mas não desisti.
No outro dia a Carol voltou e após algumas horas aqui com a gente, ele finalmente pegou o meu peito. Que alegria e realização que foi para mim!
Ele teve uma pega perfeita e o meu peito nunca ficou machucado.
Depois daquele dia ele não me largou mais hahaha.
Uma coisa ficou muito clara prá mim. Amamentar exige muita paciência e persistência, pois é muito mais fácil desistir logo e dar uma fórmula do que passar dia e noite tirando o leite com uma bomba e alimentando o bebê por sonda e copinho. Mas no final compensa muito! Você cria um elo com o bebê inexplicável.


Sou muito grata a Deus pelo anjo que a Carol foi para a gente. Uma pessoa meiga, amiga, compreensiva, paciente e com muito conhecimento. Uma verdadeira benção na nossa vida!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Amamentação e UTI Neo, é possível? Relato da mamãe Letícia

Quando é preciso passar pela UTI neonatal.




Quando resolvemos ter nosso primeiro filho, planejamos como seriam várias coisas desde a gestação, como seria o parto e a criação do nenê.  Então, a gestação seria bem saudável, cuidando com a alimentação e praticando exercícios físicos. O parto seria humanizado e para isso participamos de curso, que nos ensinou até sobre a amamentação e contratamos uma doula, a Cris Melo. Depois o trabalho da Carol Scheuer na amamentação.

Porém, o parto não foi como planejado e por uma complicação de saúde resultou em uma cesárea aos 8 meses e 5 dias. Nasce o Renzo com 1370 gramas, e vai para a UTI neonatal. A partir deste momento, a amamentação passou a ser um tema principal já que o nenê era prematuro com baixo peso e precisou ficar na UTI neonatal.

Ao contrário do que geralmente acontece numa cesárea, meu leite/colostro desceu logo depois do parto. Nem mexia as pernas por causa da anestesia e meu leite já escorria. Fiquei muito feliz por poder amamentar logo no inicio e ajudar ao meu bebe a sair mais rápido da UTI. Só que não, o Renzo precisou ficar dois dias no soro e só depois começou a ser alimentado por sonda. Durante estes dias, eu ia até a UTI a cada 3 horas tirar leite para ser descartado. Estar próximo do nenê, ajudou a estimular o aleitamento.

Quando iniciou a alimentação por sonda, já haviam dado fórmula ao invés de me chamarem no quarto para tirar leite. Ficamos surpresos e desanimados!! Já estava sendo difícil para mim e meu marido ver o bebê na incubadora da UTI com a parenteral na cabeça, não podendo pegar no colo, eu tirando leite para ser descartado... estávamos sensíveis com tudo! E terem dado fórmula para ele nos feriu mais ainda! Não são todos que defendem o aleitamento materno, é mais fácil e rápido dar a fórmula que a mãe tirar leite e todo o processo que envolve. Fomos firmes e 14 dias depois, após atingir os 1500 gramas, ele passou a mamar no peito durante o dia. Nós estávamos lá todos os dias, o dia todo! Meu marido preparava uma bolsa térmica com alimentos saldáveis e líquidos para os lanches e muita água!! E durante a noite, eu tirava leite, fazia massagens... seguia ativa!

Não foi fácil, a produção de leite diminuiu várias vezes nestes 22 dias de UTI neonatal, mas não desistimos de tirar leite em todos os momentos que o nenê precisava tomar através da sonda. Foi cansativo estar na maternidade todos os dias, para estar perto dele e garantir o aleitamento materno! Insistir em estimular a produção de leite para poder amamentar depois de receber a alta hospitalar! Passar por situações em que o nenê prefere a seringa a seu peito, a “imposição” de alguns profissionais de dar complemento em mamadeira, ainda que seja de leite do próprio peito, entre outras situações a serem enfrentadas. O conhecimento da Carol foi importante, sem ela não conseguiríamos passar por todas estas situações.

O apoio do Victor, meu marido, e com um bom acompanhamento de especialistas, como o da Carol Scheuer, nos dias de hoje é que se consegue vencer o status quo de uma modernidade em que a fórmula é mais importante que o leite materno. Desde o início, a Carol esteve presente complementando as informações que eu já possuía, mas principalmente fortalecendo o empoderamento com um plano de ação. A começar pelo psicológico, o apoio da Carol foi crucial para desengatilhar o medo, a frustração e a ansiedade que só contribui para o bloqueio da produção de leite e da conexão mãe-filho. Depois vieram as técnicas “de ouro” que colocadas em prática parecem mágicas!


Letícia e Victor! obrigada pela confiança mas o empoderamento foi todo de vocês e do lindo Renzo! Um abraço na família linda!
Carol
 

 

terça-feira, 4 de março de 2014

Relato de Amamentação da Alessandra, e do seu esposo, Cristiano






Eu e minha esposa Alessandra gostaríamos de deixar nosso testemunho espontâneo sobre o trabalho da Carol.

Nossa filha Ingrid nasceu no dia 13/01 com 3,5Kg e muita saúde. Porém, desde o primeiro dia não pegava o peito. Nem tentava, não sabia que dali sairia algo que lhe interessaria, não "ligava o nome à pessoa". Ficamos, como qualquer pai/mãe, apreensivos pelo fato do tempo estar passando e nossa filha não estar se alimentando. Foi então que chamamos a Carol. Antes de ela chegar, ficamos naquele entra e sai no quarto da maternidade, de diferentes pediatras e diferentes enfermeiras. Todas tinham uma solução mágica (apesar de todas soluções serem diferentes) e nenhuma funcionava. Chegaram a sugerir que déssemos complemento já no primeiro dia, sugeriram que déssemos água destilada para a criança fazer xixi e assim por diante. Era muita gente passando muita informação desencontrada.

Quando a Carol chegou tudo mudou. Com muita tranquilidade e bastante informação ela, antes de qualquer coisa, nos deu segurança de que estava tudo bem com o bebê e que não havia motivo para preocupação. Com acompanhamento sempre muito próximo para garantir a saúde do bebê e sempre disponível a responder dúvidas ela nos guiou por todos os passos que levaram nossa filha a mamar no peito, sem nunca ter usado complemento. Primeiro as gotinhas de colostro ordenhadas manualmente (2-3ml tiradas com muito suor), depois a indicação de que bomba utilizar, onde conseguir como oferecer para a criança com a seringa, depois com sonda, copinho… Foi uma luta, mas sabíamos que estávamos fazendo um esforço olhando para o longo prazo, com foco na saúde da bebê, na saúde da mãe e na praticidade de se alimentar a criança no peito, pois como costumo dizer, peito é excelente por que é portátil, não precisa energia elétrica, não precisa esquentar e além disso as mães tem DOIS. O resultado foi que após aproximadamente 10 dias alimentando-a com leite materno, mas com meios alternativos (seringa, copinho, etc) ela passou a pegar o peito. Hoje, com um mês, mal lembramos tudo aquilo por que passamos e a Ingrid, que mama até de cabeça para baixo, mal quer saber de largar o peito.

O trabalho da Carol foi imprescindível para nos passar todas as técnicas, informações, mas principalmente para nos passar a segurança de que estávamos indo no caminho certo e que valia insistir para perseverar. E foi o que aconteceu: com um mês de vida ela segue ganhando peso em um ritmo excelente, mamando exclusivamente no peito. Recomendamos fortemente o trabalho da Carol, uma ótima profissional e nova amiga, que teve papel decisivo na saúde de nossa filha, para a vida toda. Carol, não teríamos conseguido sem tua ajuda. Alessandra, Cristiano e Ingrid agradecem de coração.

***
Reforço todas as palavras do meu marido Cristiano e realmente sem voce Carol nao teriamos conseguido!! Espero que outras pessoas com dificuldades semelhantes tenham a mesma sorte que tivemos em te encontrar!! Ficou bem claro para mim que as gestantes subestimam as dificuldades de amamentacao e que sem o acompanhamento correto o que é para ser prazeiroso pode ser uma grande fonte de preocupacao! Aproveito para agradecer tambem de coracao a Cristina Melo, que foi nossa doula maravilhosa, e que te indicou para a gente. Voces duas e nosso obstetra foram as 3 pessoas que fizeram toda a diferenca na hora do parto e nos dias seguintes!! Obrigada pelo profissionalismo e pelo carinho Carol!! Seremos sempre gratos!!

 

Relato da Bruna Rovere - Desapego da chupeta


 O Pedro começou a usar chupeta desde a maternidade. Na verdade começaram a fazê-lo usar, porque ele sugava um pouquinho e logo cuspia. Eu nem cheguei a parar pra pensar entre oferecer ou não a chupeta, simplesmente a associação bebê + chupeta parecia óbvia, afinal todos as crianças que eu conhecia tinham esse hábito e os familiares me diziam que era um item indispensável pra nossa sobrevivência.


Aos dois meses mais ou menos foi quando ele começou a gostar realmente de usar a chupeta, e aos três ele já estava bem dependente, queria usar o tempo inteiro. Enquanto isso eu já tinha tido umas 6 ou 7 mastites. Elas vinham uma atrás da outra, era só terminar de tomar o antibiótico pra começarem os sintomas.

Eu já havia lido algumas opiniões controversas sobre a chupeta e já estava me questionando se precisávamos mesmo do acessório e pensando que deveria era nunca ter oferecido ao meu pequeno. Foi quando tentando descobrir as causas das mastites consultei com a Carol, e ela confirmou minhas suspeitas de que a chupeta era a grande vilã nessa história toda. Aí com o apoio dela tomei a decisão de tirar a chupeta do Pedro.

Combinamos que eu iria reduzindo o uso aos pouquinhos. Nos primeiros dois dias eu ofereci menos vezes e depois no terceiro não ofereci durante o dia, somente a noite. Esses dias foram de muito colo, muito peito e mais choros do que antes. Até que eu resolvi tentar tirar de vez, pra ver no que dava (meu maior medo eram as madrugadas). E dessa forma foi mais tranquilo do que eu imaginava, durante o dia ele reclamava cada vez menos e a noite parece que nem fez falta!

Não posso dizer que foi fácil, afinal foram sete dias mais ou menos onde foi colo quase que o tempo inteiro. Além disso as viagens de carro eram os maiores problemas, pois ele chorava o tempo inteiro. Mas isso tudo passou e agora digo que é bem possível e que valeu muito a pena.

Não tive mais nenhuma mastite desde então. Além disso perdi o medo de ouví-lo chorar. Parece que as pessoas que apoiam e incentivam o uso da chupeta o fazem pois querem uma solução rápida e eficiente para o choro dos bebês, sem entender o porque disso. Parece que ouvir um bebê chorar é a coisa mais terrível do mundo. Mas eu descobri que não, que é a comunicação dele e que preciso entendê-lo cada vez que isso acontece. Descobri também muitas outras formas de açalmá-lo e de oferecer segurança e aconchego.

Além disso tudo, melhorou muito a amamentação. Ele ficava inquieto, largando o seio muitas vezes durante a mamada, algumas vezes chorava mamando e eu não entendia o porquê. Agora ele mama mais tranquilo, por mais tempo e mais vezes no dia. Tenho certeza que além de cuidar da minha saúde estou cuidando da dele também. E vou tentar esclarecer pra todas as pessoas que conheço que esse não é um acessório inofensivo como pensamos, e tentar livrar mais bebezinhos de ter que utilizá-la!

 

Relato de Amamentação da Adriana Tomaz



Me chamo Adriana, mãe da Sophia Clara. Vou relatar aqui a respeito da importância de ouvir pessoas experientes no assunto sobre amamentação.

Quando Sophia estava com 1 mês e meio, eu achava que ela não estava se alimentando muito no meu peito, que bom seria se o nosso peito fosse transparente, para assim saber o quanto de leite eles estão tomando, kkkkkkk. Mesmo a pediatra falando que ela estava ganhando peso e crescendo, eu, mãe de primeira viagem ainda ficava desconfiada, pois, ela chorava, e na minha cabeça era fome, sendo que nessa fase os bebês choram mais mesmo. Foi então que conversando com uma colega que viveu a mesma experiência me indicou a Carol, especialista em  amamentação. Ela me orientou e explicou tudo, e que meu leite estava dando tudo que a Sophia precisava, era só uma questão de paciência.

Tive inicio de mastite, por isso reforço da importância de fazer com que o bebê faça a pega da mama corretamente.

Hoje Sophia Clara está com 3 meses e meio, cresceu, engordou, está linda e só mama no peito. Eu adoro dar o peito para ela e dizer que eu até chorava por achar que não tinha leite. 

Amamentar minha filha para mim não tem palavras, é um prazer sem explicação, sentir o corpinho dela junto ao meu, o olhar dela de satisfação é tudo, tudo de bom.

Tem um poema que adorei, quero compartilhar:

Arte da Amamentação
 Há um mistério insondável
nesse encontro de olhares.
Mãe e filho.
Amamentação.
Ato de suprema entrega.
Momento de divina doação,
entrelaçando doces e infindos
desejos, sem identificação de um único.
Harmonia plena...ternura...ardor.
Inconsciente integração
do inexplicável,
que se traduz na similaridade
do Divino Amor.
(Alice Capel)

 

Agradeço a Carol por ter me ajudado a entender tudo isso.

Bj Carol, meu e da Sophia Clara.